segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pilates pode ajudar hipertensos



A Hipertensão é uma patologia cada vez mais comum entre pessoas de
todas as idades e é muito comum que indivíduos com este problema
acabem buscando o Pilates, para auxiliar na sua qualidade de vida,
diminuir o stress, entre outros fatores relacionados à pressão
arterial. O método Pilates pode ajudar muito este tipo de aluno e
alcançar estes propósitos, mas alguns cuidados precisam ser tomados
com relação à escolha dos exercícios para este público.

Durante a atividade física se produz mudanças na circulação sangüínea
destinadas a prover um maior aporte de oxigênio aos tecidos que estão
se movimentando. Este aporte maior se produz graças ao esforço do
coração, pois este órgão, dependendo do esforço realizado, acaba
aumentando o volume de sangue que envia ao corpo todo, uns 70
centímetros cúbicos de sangue por batida. Este valor, multiplicado por
70 batidas por minuto (a normal, em repouso) representa,
aproximadamente, 5 litros por minuto. Mas durante o exercício esse
volume pode chegar a se quintuplicar devido às exigências que se
produz no organismo.

As necessidades metabólicas que surgem durante a atividade física são
compensadas mediante adaptações do sistema circulatório central e o
periférico, como o aumento da pressão arterial máxima e da freqüência
cardíaca, a vasodilatação periférica e a local, e uma diminuição da
pressão arterial mínima. O organismo contrai as artérias das regiões
onde não se necessita um alto aporte de oxigênio (nas vísceras) e
dilata ao máximo as zonas de esforço (dos músculos de pernas e braços)
que requerem máximo aprovisionamento de oxigênio.

Muitos índices de hipertensão podem estar relacionados a stress.
Ensinar às pessoas técnicas de gestão de stress eficientes, pode
conduzir a uma redução do stress e a uma diminuição conseqüente da
pressão arterial e o pilates, com suas metodologia consciente, pode
desempenhar um papel importante nesta aprendizagem.

Para os hipertensos, é importante associar exercício com o
relaxamento. É uma maneira de prevenir o estresse pois essa dupla
diminuiu a pressão sanguínea. Dentro da prática do pilates acabamos
encontrando estes dois aspectos: o exercício e o relaxamento.

Deve sempre ser lembrado que alguns cuidados devem ser tomados ao se
prescrever exercícios para hipertensos, evitando estimular o aumento
da pressão arterial e conseqüentemente diminuir os riscos de haver
alguma complicação durante a prática dos exercícios.

domingo, 19 de junho de 2011

Pilates para Atletas


Nascemos com uma capacidade de inteligência corporal de altíssimo nível. Esta inteligência quando estimulada desde cedo, nos torna muito eficientes para o movimento, o que é fundamental para um bom rendimento nas pequenas atividades do dia-a-dia, e as atividades mais intensas e exigentes como os esportes, a dança e o circo. A técnica do Pilates desperta e refina essa inteligência.

Hoje, diversos atletas de diferentes modalidades procuram o Pilates. Corredores, tri-atletas, ciclistas, ginastas, jogadores de vôlei, surfistas, nadadores e tenistas estão entre os praticantes do método. Com a prática de Pilates aprendem a dosar a energia, distribuir forças e utilizar, de forma inteligente, a gravidade a seu favor, aproveitando a eficiência do seu sistema de fáscias, ganhando em rendimento, saúde e melhores resultados.

Os esportistas que incluem na sua rotina de treinamento e preparação corporal o Pilates observam ganhos significativos nos resultados. O atleta que pratica Pilates aprende a coordenar a respiração, concentração, a precisão, o alinhamento, o controle de centro, a coordenação ou fluência do movimento, e ainda, o ritmo. Esses elementos contribuem para o desenvolvimento muscular equilibrado e o movimento do corpo como um todo, fundamentais para um esportista.

Atletas profissionais e amadores confirmam que o Pilates contribuiu muito para a melhoria do seu desempenho. Dois bons exemplos são os praticantes de Pilates e tri-atletas Vinícius Lago primeiro colocado no Iron Man pela Bahia, e o neozelandês Hamish Carter, que afirma que o Pilates é o seu segredo de sucesso e sua garantia da manutenção do primeiro lugar no pódio.

Com uma respiração adequada, distribuindo-a nos três planos disponíveis na região torácica, é possível aumentar a potência respiratória e, conseqüentemente, melhorar o rendimento.

A concentração e a precisão, priorizadas durante toda a pratica, são indispensáveis em qualquer modalidade esportiva, seja ela competitiva ou não. A precisão será o grande diferencial para qualquer atleta, dela resulta a eficiência, ou seja, o mínimo de dispêndio energético possível e necessário para atingir o máximo de resultados.

Além disso, o alinhamento do sistema músculo esquelético e do sistema energético, e a distribuição das forças pelas diversas articulações, proporcionados pelo Pilates, são imprescindíveis para a garantia da segurança biomecânica, da saúde e da longevidade do esportista.

O Pilates, quando bem aplicado, traz muitos benefícios aos atletas. O método é indicado ainda para o tratamento de lesões, muito freqüentes nos que utilizam o corpo de forma mais intensa como os atletas. Vale ressaltar que é preciso buscar orientação com profissionais bem treinados, cujas formações abordem benefícios, indicações e contra-indicações para as diversas populações, além de progressões e regressões para cada exercício.

domingo, 12 de junho de 2011

A intervenção do PILATES na CERVICALGIA


A CERVIVALGIA se refere a dor na região da coluna cervical. Normalmente, resulta de uma simples contratura muscular no pescoço, o conhecido torcicolo. Caso a dor permaneça por mais de uma semana, é importante dedicar mais atenção ao caso.

Os sintomas se instalam de forma lenta: rigidez nos movimentos, alteração na mobilidade, postura alterada como forma de compensação da dor. Além de a dor se manifestar na região do pescoço, também pode se estender ao ombro e ao membro superior (cervicobraquialgia), além de poder apresentar alterações neurologicas como a modificação da sensibilidade, da força muscular, e nos reflexos em inserções musculares como a dos punhos, cotovelos e ombros. Normalmente se relaciona com a compressão da raiz nervosa da região cervical sub-axial. Recomenda-se atenção às dores com sinais neurológicos devido à possibilidade de infecções na coluna, compressões da medula espinhal, tumores, fraturas e outras patologias. Há casos também que progridem para dificuldade na marcha, alterações na fala, dor de cabeça, zumbidos, náuseas, visão turva, febre, sudorese, cansaço e perda de peso. É importante frisar que a cervicalgia é um dos sintomas da meningite.

É rara a indicação cirúrgica em casos de cervicalgia. Geralmente, ocorre quando há piora neurológica no decorrer do tratamento, disfunção da medula espinhal ou quando a cervicalgia se dá como conseqüência de alguma patologia que tenha indicação de cirurgia como as relacionadas aos discos intervertebrais, traumas ou instabilidade de ligamentos. São procedimentos delicados, por isso é imprescindível que um medico competente e confiança seja consultado.

Quando a cervicalgia é caracterizada como um torcicolo, recomenda-se relaxantes musculares, calor local e alongamento da região. Na cervicalgia crônica podem ser utilizadas medicações para dor crônica, associadas a um programa de reabilitação. O método Pilates é um ótimo aliado nesse caso. Quando há bloqueio de movimentos, a fisioterapia convencional pode contribuir com terapias passivas que visam à analgesia, aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo o espasmo muscular.

A intervenção do PILATES é bastante efetiva tanto na estabilização da dor quanto na prevenção e orientação para evitar novas crises. Os exercícios baseados na respiração característica associada à contração e fortalecimento do CORE (grupos musculares da região central do corpo) promoverão a mobilização da região, além de equilíbrio muscular (flexibilidade e força) a fim de restabelecer o alinhamento postural e sobre tudo da região cervical, estabilizando, fortalecendo e então protegendo toda a coluna vertebral. Os espaços intervertebrais também recebem atenção especial, serão restabelecidos ou mantidos preservando os espaços naturais dos nervos e gânglios, então participando da prevenção de lesões e novas crises.

domingo, 5 de junho de 2011

Pilates e a Síndrome do Piriforme

A síndrome do piriforme é uma síndrome neuromuscular que envolve a irritação, encarceramento ou compressão do nervo ciático (raízes L4, L5, S1,S2,S3) pelo músculo piriforme, o qual encontra-se em espasmo ou tensão.

O nervo ciático passa debaixo do piriforme, mas em algumas pessoas ele passa através dele, aumentando a probabilidade para ocorrer a síndrome. Se esse músculo, sofrer uma tensão, espasmo, encurtamento ou hipertrofia, o nervo ciático poderá ser comprometido. Entretanto, deve-se ficar alerta para o fato de que o desequilíbrio pélvico pode ser responsável por um desequilíbrio entre os rotadores internos e externos.

O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pêra que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e conecta-se no trocanter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função estas, realizadas com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.

O nervo ciático é o maior nervo do corpo, emerge da pelve em direção à região posterior da coxa e passa por entre esses músculos rotadores.

A síndrome do piriforme causa dor profunda na superfície posterior do quadril e nádega, dormência e formigamento em direção às pernas e lombalgia.

A pessoa pode apresentar aumento da dor ao caminhar, correr, aos movimentos de rotação lateral do quadril, durante os movimentos de sentar e levantar, ao ficar em pé.

É comum em esportes que envolvem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e inflamação (neurite).

Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos a ele também) provocando o encurtamento. A falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida tencione ainda mais e piore os sintomas.

O tratamento pode abranger alongamento, mobilizações, exercícios específicos, medicamentos analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica, injeção local de anestésicos e corticosteróides, repouso, cirurgias nos casos mais graves e sem melhora com tratamento clínico por período prolongado.

O PILATES pode agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome.

A prevenção pode ser feita através de um programa de exercícios individualizados que envolvem, sobretudo, alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril; mobilização de quadril e membros inferiores.

Já a ação do PILATES no auxílio do tratamento desta síndrome, trata-se de uma reabilitação com o objetivo de permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva. São focados os movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos; sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.